A recuperação judicial no setor agropecuário tem sido mal interpretada como um meio para escapar de dívidas. Mas, na realidade, é uma estratégia legal de preservação.
Especialistas esclarecem que esse processo visa manter a atividade rural, proteger empregos e equilibrar os interesses dos credores, não sendo um “calote” como criticamente apontado.
O setor agrícola, marcado por riscos como variações climáticas e flutuações de mercado, encara desafios agravados pelo fenômeno El Niño e a elevação dos custos de produção.
A recuperação judicial surge como um alívio, possibilitando a negociação de dívidas sob condições mais favoráveis, incluindo descontos e prazos estendidos, tudo sob supervisão judicial.
Contrário ao que alguns possam pensar, o processo requer a aprovação de um plano de reestruturação pelos credores, demonstrando o comprometimento do produtor em saldar suas obrigações.
Longe de ser uma fuga das responsabilidades financeiras, a recuperação judicial é complexa e exige um compromisso sério com a transparência e negociação.
Esse mecanismo representa, para muitos, a última esperança de manter suas operações, protegendo não só a economia do setor, mas também contribuindo para a estabilidade econômica do país.
É hora de reconhecer a recuperação judicial como uma ferramenta vital para a sustentabilidade da agropecuária, oferecendo uma chance justa de recuperação frente às adversidades.