A John Deere, localizada em Horizontina, Rio Grande do Sul, está prevista para entrar em um período de paralisação que pode estender-se por até cinco meses. Esse hiato operacional foi acordado após negociações com o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos da região, recebendo um aval significativo dos funcionários em votação. O arranjo acordado estipula uma pausa temporária nos contratos de trabalho, com o objetivo de promover a qualificação dos empregados, durante a qual eles receberão um complemento financeiro que cobre a diferença entre o benefício do layoff pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o salário que normalmente recebem.
O presidente do sindicato, Jorge Luís Ramos, destacou a importância deste acordo para evitar demissões imediatas e assegurar a continuidade dos empregos após a interrupção. A medida visa a manutenção da força de trabalho qualificada, necessária para a eventual retomada das operações. Esta paralisação, que deve começar em 25 de março, ressoa preocupações no setor agrícola, crucial para a John Deere.
Marcelo Lopes, diretor de Vendas da John Deere no Brasil, explicou que o período será utilizado para realizar ajustes e manutenções nas unidades de produção da empresa, visando alinhar a capacidade produtiva com a demanda do mercado. Estes ajustes não só otimizam a produção atual, mas também preparam a empresa para futuras demandas do mercado agrícola, sugerindo possibilidades de novas contratações ou demissões, conforme as necessidades do mercado.
A empresa reafirma seu compromisso com o Brasil, destacando investimentos em desenvolvimento tecnológico e expansão de capacidade produtiva, incluindo a construção de um novo centro de tecnologia em Indaiatuba (SP). Esses movimentos refletem a visão da John Deere de crescimento e inovação contínuos no setor agrícola brasileiro.
