O alerta foi acionado em toda a América do Sul com o avanço preocupante da gripe aviária, cuja cepa H5N1, notória por sua letalidade, agora demonstra uma capacidade de propagação sem precedentes. Desde sua detecção no continente, em 2022, o vírus não só afeta as populações de aves selvagens, tradicionalmente mais vulneráveis, mas também tem encontrado hospedeiros entre os mamíferos, marcando uma evolução alarmante na dinâmica de transmissão da doença.
Um grupo de oito cientistas ressalta o perigo iminente que essa mudança representa, sinalizando para o potencial de o vírus adaptar-se de maneiras que poderiam facilitar a transmissão para humanos. A ampliação do espectro de espécies afetadas pela H5N1 tem sido documentada com uma série de incidentes mortais, afetando a vida marinha com uma gravidade nunca antes observada.
Nas águas do Chile e do Peru, golfinhos foram encontrados mortos, vítimas da estirpe. Ao longo das costas, o impacto sobre as focas e leões marinhos é dramático, com estimativas apontando para a morte de aproximadamente 50 mil indivíduos. Ademais, a gripe aviária ceifou a vida de mais de meio milhão de aves na região, evidenciando a vasta escala de sua devastação ambiental e o desafio emergente que ela representa para a saúde pública.