um marco histórico nas relações comerciais sino-brasileiras: a China anunciou a habilitação de 38 frigoríficos brasileiros para exportar carne bovina, de aves e suína. Este é o maior número de plantas autorizadas de uma só vez na história, fortalecendo os laços entre os dois países.
Das 38 plantas habilitadas, 25 são de carne bovina, nove de carne de aves e uma de carne bovina termoprocessada, além de quatro entrepostos. As previsões são otimistas, esperando um incremento de R$ 10 bilhões à balança comercial brasileira.
O processo de habilitação teve início em dezembro de 2023, com inspeções em 18 frigoríficos, seguidas por auditorias por videoconferência em janeiro. Entre as empresas autorizadas estão nomes como Seara, JBS, entre outros.
Esta iniciativa é especialmente significativa já que, em 2024, Brasil e China celebram 50 anos de relações diplomáticas. O mercado chinês é um dos principais destinos das exportações brasileiras de carne. Antes, o Brasil tinha 106 plantas habilitadas, agora, com as novas autorizações, o total sobe para 144 unidades.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou a importância desse marco, agradecendo ao governo chinês pela confiança estabelecida. Ele ressaltou o papel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo, reconhecendo sua dedicação à diplomacia e ao fortalecimento dos laços comerciais com a China.
Mas, o que os especialistas têm a dizer sobre essa nova liberação? Segundo o zootecnista Fabiano Tavares, há otimismo, mas é preciso cautela. Ele aponta que o mercado já antecipou a notícia, o que pode limitar futuros ganhos. Além disso, o valor pago pela China está relativamente baixo, o que pode impactar o mercado. As próximas movimentações dependerão da oferta e demanda, assim como do contexto econômico global.
Essa liberação representa não só uma oportunidade para a agropecuária brasileira, mas também um passo significativo nas relações comerciais entre os dois países.